Pós-graduação em Ciência Florestal

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PPGCF - Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal

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    Scarabaeinae em complexo rupestre no planalto Diamantina - MG
    (UFVJM, 2019) Vieira, Estela Rosana Durães; Assis Júnior, Sebastião Lourenço de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Assis Júnior, Sebastião Lourenço de; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Soares, Marcus Alvarenga; Santos, Conceição Aparecida dos; Matrangolo, Carlos Augusto Rodrigues
    Scarabaeinae é uma subfamília de Scarabaeidae, que possui 257 gêneros e cerca de 6.000 espécies, distribuídas por todo o mundo. No Brasil, ocorrem 726 espécies, sendo 62 endêmicas. De acordo com os hábitos alimentares estes insetos podem ser classificados em necrófagos, saprófagos, micetófagos e coprófagos, os quais são, principalmente, associados às fezes de mamíferos. Os escarabeíneos incorporam os excrementos acumulados na superfície melhorando a qualidade dos solos. Além disso, realizam o controle biológico por diminuírem a disponibilidade de locais para reprodução de moscas hematófagas e parasitas gastrointestinais de bovinos. Estes besouros são classificados em três guildas ou grupos funcionais, de acordo com o modo de utilização do recurso alimentar: roladores (telecoprídeos), tuneleiros (paracoprídeos) e residentes (endocoprídeos). É importante conhecer a fauna visando a conservação das espécies. Assim, foi realizado o levantamento da fauna de Scarabaeinae em complexo rupestre, no município de Diamantina-MG. Foram realizados dois experimentos, nos quais utilizou-se armadilhas de queda (pitfall) iscadas com fezes humanas, bovinas, carcaça (vísceras) e banana apodrecida. No primeiro experimento realizaram-se coletas quinzenais, entre setembro/2003 e agosto/2005. No segundo foram realizadas cinco coletas do período de outubro/2003 a janeiro/2004. Foram constatadas 1059 indivíduos e 17 espécies de esracabeíneos, representantes das três guildas funcionais. A maioria dos besouros constatados se alimentam de fezes. Este trabalho permitiu conhecer a fauna de Scarabaeinae em uma área de complexo rupestre, localizada no município de Diamantina - MG, possibilitando compreender o comportamento sazonal e alimentar, além da atividade diária destes besouros.
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    Estratégias de restauração ecológica em pilha de rejeito de quartzito em ambiente rupestre
    (UFVJM, 2019) Amaral, Cristiany Silva; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Israel Marinho; Nunes, Yule Roberta Ferreira; Guimarães, João Carlos Costa; Mucida, Danielle Piuzana; Titon, Miranda; Silva, Enilson de Barros
    A extração de rochas ornamentais a céu aberto é uma atividade de uso do solo em curto prazo, com potencial de causar degradação de elevada magnitude. Os objetivos deste estudo foram conhecer o potencial do banco de sementes autóctone e alóctone presente no topsoil; avaliar o potencial da técnica de resgate e reintrodução de propágulos vegetativos de gramíneas nativas na restauração ecológica de taludes; e avaliar o potencial da técnica de semeadura direta com a utilização de mix de sementes de espécies arbustivo-arbóreas consorciadas com adubos verdes. O sistema de amostragem adotado a partir da transposição de topsoil foi o censo dos indivíduos lenhosos regenerantes. As espécies amostradas nos ambientes foram classificadas em grupo ecológico e síndrome de dispersão. Foi utilizada uma matriz binária de presença e ausência das espécies registradas nos levantamentos florísticos, e para a avaliação das relações da composição florística com as variáveis ambientais foram coletadas, aleatoriamente, dez amostras simples do substrato (0 - 0,2 m) no interior de cada ambiente. O experimento com propágulos vegetativos de gramíneas nativas foi conduzido em campo, em esquema fatorial duplo (3 x 5), onde foram avaliadas três espécies e cinco intensidades de redução foliar. Para a análise dos diferentes dias de avaliação (variável tempo), o delineamento permaneceu em DBC, porém em esquema de parcelas sub-subdivididas (6 x 3 x 5), em que os dias de avaliação compuseram a parcela principal, as espécies a subparcela e a redução foliar a sub-subparcela. O segundo experimento com gramíneas nativas foi conduzido em esquema fatorial (3 x 3 x 2), sendo três espécies, três tamanhos de touceira e duas intensidades de cobertura vegetal (com e sem cobertura vegetal), com três blocos e três repetições/bloco. Para as análises estatísticas de ambos os experimentos, foram consideradas as médias das repetições dentro de cada bloco. Para a análise dos diferentes dias de avaliação para cada espécie (variável tempo), o delineamento permaneceu em DBC, porém em esquema de parcelas sub-subdivididas (6 x 3 x 2), em que os dias de avaliação compuseram a parcela principal, os tamanhos de touceiras a subparcela e a adição de cobertura morta a sub-subparcela, sendo três blocos e três repetições/bloco. Para o experimento com semeadura direta foi realizada, a lanço, a semeadura de sete espécies arbóreas autóctones e quatro herbáceas de adubação verde, distribuídas em 12 tratamentos e seis repetições em DIC. Os indicadores de sucesso do uso da técnica de semeadura direta na restauração ecológica da pilha de rejeito foram densidade absoluta (ind.ha-1), área basal (cm²/m²), riqueza de espécies (S) e cobertura total do substrato (%). As avaliações de sobrevivência foram feitas aos 60, 90, 120 e 150 dias, e as de estabelecimento aos 180, 300, 480 e 660 dias. A translocação do solo superficial favoreceu a propagação de espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas, principalmente devido ao banco ativo de propágulos. As avaliações de sobrevivência foram feitas aos 60, 90, 120 e 150 dias transferidos junto ao topsoil. O transplantio pós-resgate de gramíneas nativas pode ser uma alternativa eficaz e economicamente viável para a restauração ecológica de taludes em ambientes rupestres. A técnica de semeadura direta contribuiu para a aceleração do processo de restauração ecológica da área, e o consórcio com adubos verdes influenciou a sobrevivência e o estabelecimento, devendo ser ressaltado que o tratamento composto pela semeadura de todas as espécies (adubos verdes e arbóreas) foi considerado o mais indicado. As metodologias de restauração ecológica testadas na área apresentaram alternativas para melhorar a eficiência dos processos por meio de propostas inovadoras, o que garante a restauração ecológica, usando procedimentos mais próximos possíveis da dinâmica vegetacional.
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    Modelagem da produtividade e da velocidade do forwarder em áreas inclinadas
    (UFVJM, 2019) Araújo, Luiz Carlos; Leite, Ângelo Márcio Pinto; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leite, Ângelo Márcio Pinto; Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Marcatti, Gustavo Eduardo; Cordeiro, Sidney Araújo; Rocha, Wellington Willian
    Conhecer a produtividade e o comportamento das máquinas de colheita florestal é essencial para o planejamento adequado das atividades operacionais a serem realizadas em campo. Neste sentido, o presente trabalho teve por objetivo modelar a produtividade e velocidade do forwarder na extração de toras curtas em áreas inclinadas, bem como avaliar o uso de ferramenta SIG na extração florestal com forwarder. A pesquisa foi desenvolvida, entre os meses de janeiro e junho de 2018, em povoamentos de Eucalyptus spp. de uma empresa florestal situada no estado de Minas Gerais. Foi utilizado o estudo de tempos e movimentos para avaliar o processo produtivo e determinar os índices de eficiência operacional, disponibilidade mecânica e taxa de utilização do forwarder. Estes parâmetros, assim como a produtividade efetiva da máquina foram avaliados em duas condições, denominadas de área de colheita sem guincho (inclinações entre 0 e 27º) e área de colheita com guincho (inclinações entre 27 e 36º). Nesta pesquisa desenvolveu-se, por meio de funcionalidades disponíveis no Sistema de Informações Geográficas ArcGIS, um método capaz de estimar a distância de extração de madeira com forwarder, tal como, valores de inclinação ao longo do eito de trabalho desta máquina, permitindo assim predizer seu rendimento operacional. Os resultados mostraram que as atividades parciais que consumiram o maior tempo do ciclo operacional da extração de madeira foram o carregamento e o descarregamento, em ambas as inclinações do terreno. A produtividade da máquina diminuiu com o aumento da inclinação do terreno e da distância de extração, sendo este aumento mais pronunciado em relação a variável distância de extração. O forwarder alcançou maior capacidade de extração de madeira operando em área de colheita sem guincho, sendo em média 46% maior que em área de colheita com guincho. A velocidade de deslocamento desta máquina diminuiu com o aumento do aclive e declive, sendo esta redução mais acentuada no sentido do aclive. O uso do SIG permitiu estimar o desempenho da máquina na atividade de extração de madeira em áreas declivosas. A ferramenta também permitiu mapear a velocidade de deslocamento do forwarder em função da inclinação do terreno.
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    Uso de espécies florestais para a fitorremediação de solos contaminados por herbicidas
    (UFVJM, 2019) Cabral, Cássia Michelle; Santos, José Barbosa dos; Ferreira, Evander Alves; Francino, Dayana Maria Teodoro; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, José Barbosa dos; Pereira, Israel Marinho; Francino, Dayana Maria Teodoro; Pires, Fábio Ribeiro; Costa, Fabiane Nepomuceno da
    O ser humano opera diretamente nas alterações do ambiente. Para sua permanência no planeta foi imprescindível a procura por alternativas que viabilizem a eficiência na produção de alimentos, e o desenvolvimento de tecnologias capazes de tornar a vida mais confortável. No intuito de manter uma relação proporcional entre a produção agrícola e a demanda da população, foram necessárias transformações nas técnicas de plantio, com o fim, entre outros, de minimizar as perdas na produção. A utilização de moléculas herbicidas em mistura e até mesmo a aplicação sequencial de herbicidas em um único ciclo de culturas, para o máximo de controle das invasoras tornou-se prática habitual. Neste sentido, mesmo adotando-se todos os cuidados com a escolha do produto e adequada tecnologia de aplicação, o uso destes agroquímicos gera resíduos capazes de contaminar solo, água e ar. Dentre os herbicidas mais utilizados estão, 2,4-D, atrazine, diuron e hexazinona, todos com relatos de contaminação ambiental, notadamente pelo deslocamento via água. De acordo com a problemática apresentada objetivou-se com este trabalho verificar a tolerância a herbicidas, de cinco espécies florestais nativas: Inga vera Willd (Fabaceae), Calophyllum brasiliense Cambess (Calophyllaceae), Tapirira guianensis Aubl. (Anacardiaceae), Senna macranthera (DC. ex Collad.) H. S. Irwin Barneby (Fabaceae) e Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart (Bignoniaceae), por meio de avaliações de crescimento, intoxicação, análises anatômicas e fisiológicas, assim como verificar a capacidade remediadora. Foi utilizado o delineamento em blocos ao acaso com quatro repetições, sendo o experimento conduzido em campo durante três anos em unidades de contenção com capacidade para 210 dm3, cada. Foram realizadas 3 aplicações dos herbicidas 2,4-D, atrazine e a mistura hexazinone +diuron, por simulação da contaminação de lençol freático. Cada aplicação correspondeu a meia dose comercial do composto por hectare totalizando, para cada herbicida, 150% da dose média recomendada. Tais aplicações foram efetuadas a partir do vigésimo oitavo mês de desenvolvimento das plantas, iniciando-se pelo 2,4-D, após 60 dias, atrazine e após 60 dias, a mistura diuron + hexazinone. Aos 59 dias após a primeira aplicação de cada herbicida foram avaliados a altura da planta, o diâmetro do caule e o número de folhas. Adicionalmente foi verificado modificações anatômicas advindas da exposição aos herbicidas, além de análises fisiológicas: fluorescência da clorofila “a” e aferições em relação as trocas gasosas. Ao final de 40 meses avaliou-se a capacidade remediadora das espécies arbóreas por meio de análises cromatográficas do solo, material vegetal e água residual provenientes das unidades amostrais, para detecção do resíduo. Inga vera e C. brasiliense apresentaram sensibilidade a mistura 2,4-D + atrazine. Tapirira guianensis foi tolerante a mistura 2,4-D + atrazine, S. macranthera e C. antisyphilitica foram tolerantes à aplicação sequencial dos herbicidas. Senna macranthera se destaca como fitorremediadora dos herbicidas 2,4-D e atrazine, tolerando e reduzindo a quantidade de resíduo presente no solo, no entanto esta espécie é somente tolerante a mistura 2,4-D+atrazine+ hexazinona +diuron. Cybistax. antisyphilitica tolerou e fitorremediou o solo com a mistura de herbicidas, reduzindo os resíduos, mesmo com sintomas de intoxicação.
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    Mapeamento do potencial madeireiro em área de floresta amazônica
    (UFVJM, 2019) Pelli, Eduardo; Görgens, Eric Bastos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Görgens, Eric Bastos; Nogueira, Gilciano Saraiva; Matosinhos, Cristiano Christófaro; Araújo Júnior, Carlos Alberto; Andrade, Alessandro Vivas
    A metodologia atual de determinação do potencial produtivo madeireiro no âmbito dos planos de manejo florestal, resultam frequentemente em intervenções desnecessárias, em dimensionamento equivocado de pátios, na estimativa errônea do estoque e de unidades de produção. Isto ocorre, em muitos casos, em decorrência da falta de informação prévia para definição inicial das unidades de trabalho, o que dificulta a otimização do dimensionamento em função da regulação florestal. Com os avanços no sensoriamento remoto, principalmente pelo crescimento da utilização da tecnologia de escaneamento por laser aerotransportado no setor florestal, surge a proposta de mapear o potencial madeireiro de áreas de floresta amazônica, possibilitando a determinação espacialmente explícita do potencial produtivo de áreas específicas bem como das árvores de interesse de manejo florestal. Para atingir os objetivos deste trabalho foi proposto um índice de incerteza para avaliar a correspondência entre características dos dados florestais provenientes do inventário florestal e das nuvens de pontos 3d obtidas do escaneamento por laser aerotransportado. Os dados com baixo nível de incerteza foram utilizados na modelagem estatística dos diâmetros, e na validação dos resultados no quesito localização de árvores. Foram localizadas 32% das árvores com diâmetro superior à 50 cm em relação aos dados de inventário florestal. Pode-se alcançar níveis de localização na ordem de 60% caso sejam utilizadas folgas no método. As análises qualitativas da estrutura da floresta composta pela amostragem de árvores localizadas no processo, constaram que a estrutura localizada é equivalente à amostrada no inventário florestal. O mapeamento do potencial produtivo realizado neste estudo pode prover informações relevantes para o dimensionamento das unidades de produção anual, podendo favorecer o planejamento de unidades de produção anual com enfoque na regulação florestal. Deste modo, foi possível obter informações importantes para o manejo florestal de precisão e uso sustentável dos recursos florestais.
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    Modelagem do crescimento de árvores individuais de Eremanthus incanus (Less.) Less
    (UFVJM, 2019) Santos, Lidia Gabriella; Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Nogueira, Gilciano Saraiva; Pereira, Israel Marinho; Castro, Renato Vinícius Oliveira; Bruzinga, Josiane Silva
    O conhecimento do desenvolvimento e comportamento da espécie Eremanthus incanus em diferentes regiões contribui para planos de manejos mais adequados, colaborando com o desenvolvimento social nessas regiões e melhorando a renda do pequeno produtor. Uma vez que essa apresenta potencial para ser utilizada em áreas em recuperação e sua madeira para produção de lenha, cercas e moirões. Assim sendo, este trabalho teve como objetivo ajustar um modelo de crescimento em nível de árvore individual para indivíduos de E. incanus presentes em uma área em recuperação. Para isso, foi definido um raio de competição utilizando uma técnica conhecida como semivariograma da geoestatística. Com base no raio de competição encontrado foi análisado 30 índices de competição, sendo 10 dependente da distância (IDD), 10 semi-independente da distância (ISD) e 10 independente da distância (IID). Com essas informações foi realizado a modelagem do crescimento em nível de árvore individual dos indivíduos de E. incanus. Para atingir esses objetivos foram utilizados dados de inventário florestal desses indivíduos localizados em uma área em recuperação na região de Diamantina no estado de Minas Gerais. Em relação ao raio de competição adequado para a espécie foi encontrado valores médios entre 4 e 6 m. O raio de competição foi necessário na estimativa dos índices de competição ISD e IDD. Com base nos resultados os melhores índices de competição ISD e IDD para a espécie E. incanus foram os estimados utilizando um raio de competição de 6 m. Por meio desses índices foi testado seis modelos em nível de árvore individual nas categorias independente, semi-independente e dependente da distância. O modelo em nível de árvore individual dependente da distância foi mais adequado para estimar o crescimento em diâmetro dos indivíduos de E. incanus presentes na área de estudo.
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    O conceito de raridade em populações dioicas: uma abordagem ecológica
    (UFVJM, 2019) Fonseca, Darliana da Costa; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Fonseca, Rúbia Santos; Rech, André Rodrigo; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Arruda, Daniel
    Analisando a abundância de indivíduos, amplitude do habitat e distribuição geográfica, as espécies poderiam ser classificadas pela combinação destas variáveis, desde comuns a estritamente restritas. Espécies dioicas possuem exigências diferenciais de ambos os sexos quanto ao espaço vital necessário às suas atividades fisiológicas e ecológicas que podem afetar o recrutamento e dinâmica populacionais. Espécies dioicas com diferentes padrões de “raridade” podem apresentar padrões ecológicos próprios. Este estudo possui como objetivo geral definir quais os processos ecológicos e reprodutivos que regulam as populações de espécies dioicas com diferentes padrões de raridade em habitats restritivos. O estudo foi realizado no Parque Estadual do Biribiri, Diamantina/MG em áreas compostas por fitofisionomias de Campo Rupestre, Cerrado rupestre e campos úmidos. Foram analisadas espécies dioicas com diferentes níveis de raridade do gênero Baccharis em que se analisou a distribuição espacial, dinâmica de populações, fenologia, ecofisiologia, herbivoria e estratégias reprodutivas. As espécies apresentaram variações na previsão da distribuição geográfica pela modelagem, com uma tendência a manter suas características espaciais semelhantes ao moldado no passado e que podem ser conduzidos para períodos futuros. Ambas as espécies apresentaram diferenças no padrão de ocupação espacial afetada pela dinâmica populacional. As espécies dioicas ampla e restrita apresentaram semelhanças na fenologia reprodutiva e diferenças na fenologia vegetativa. A espécie ampla apresentou maior atividade estigmática, viabilidade polínica, produção de sementes por apomixia e sementes formadas por polinização natural em maior número e mais leves. Já a restrita apresentou maior taxa de predação de sementes e florivoria de seus capítulos e menor plasticidade na germinação dos aquênios. As espécies do gênero Baccharis com distribuição ampla e restrita apresentaram diferentes comportamentos ecofisiológicos com a espécie restrita, apresentando maior sensibilidade ao estresse ambiental além de demonstrar capacidade de bioacumulação de manganês nos tecidos foliar e floral e a espécie ampla apresentou uma plasticidade entre os sexos sob condições de estresse, com plantas femininas apresentando mecanismo de proteção às condições de estresse hídrico e plantas masculinas conseguindo maximizar a assimilação de carbono nas mesmas condições. O presente trabalho indicou que as espécies dioicas com diferentes padrões de raridade demonstram diferenças ecológicas e reprodutivas que podem justificar sua distribuição restrita e ampla.
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    Espécies arbóreas potenciais para fitorremediação de herbicidas em ambientes sombreados
    (UFVJM, 2019) Vieira, Keila Cristina; Santos, José Barbosa dos; Ferreira, Evander Alves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, José Barbosa dos; Ferreira, Evander Alves; Pereira, Israel Marinho; Santos, Leonardo David Tuffi; Cabral, Cássia Michelle
    Diante da expansão agrícola e o cenário atual de demanda no uso de defensivos agrícolas existe uma grande preocupação quanto ao potencial de contaminação do ambiente por herbicidas em decorrência da lixiviação e/ou escoamento superficial destas substâncias. Neste sentido, pesquisas com espécies tolerantes e potenciais fitorremediadoras na revegetação e descontaminação dos ecossistemas com histórico de uso de herbicidas tornam-se motivadoras. O objetivo geral desta tese foi avaliar as modificações na fisiologia e crescimento bem como sintomas de intoxicação ocasionados por diferentes herbicidas em ambientes contrastantes de radiação fotossinteticamente ativa (RFA), a fim de verificar se o sombreamento influencia na tolerância de espécies a herbicidas em ambientes com diferentes condições de sombreamento. No primeiro capítulo, os tratamentos consistiram do cultivo de Schinus terebinthifolius (aroeira) e Copaifera langsdorffii (copaíba) em substrato com resíduos de atrazine e hexazinone em dois níveis de intensidade luminosa. A fisiologia e crescimento das espécies, à exceção da altura, não foram afetados pelos herbicidas nos dois ambientes. Essas espécies apresentam tolerância aos herbicidas, contudo, a radiação incidente interfere no processo. Assim, o sombreamento proporcionou maior tolerância das espécies aos herbicidas. No segundo capítulo, os tratamentos consistiram do cultivo de Senna macranthera (fedegoso), Tibouchina granulosa (quaresmeira-roxa), Inga edulis (Ingá) e Handroanthus impetiginosus (Ipê-roxo) em seis ambientes com diferentes intensidades luminosas. A Radiação Fotossinteticamente Ativa afeta o crescimento e fisiologia das plantas, sendo mais significativo do que o resíduo dos herbicidas para a maioria das variáveis. Para as espécies Senna macranthera e H. impetiginosus, tolerantes aos herbicidas, maiores taxas de RFA potencializam o processo de descontaminação. Portanto, a quantidade de radiação fotossinteticamente ativa pode ser considerada o fator chave no processo de fitorremediação por espécies arbóreas.
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    Flutuações temporais na composição florística e estrutural da regeneração natural de um remanescente de Floresta Estacional Decidual
    (UFVJM, 2019) Oliveira, Diogo dos Santos; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Gonzaga, Anne Priscila Dias; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Vital, Adriana de Fátima Meira
    Este trabalho teve como objetivo avaliar a dinâmica dos estratos regenerantes (Arvoretas e Juvenis) e as suas relações com as variáveis ambientais em um fragmento de Floresta Estacional Decidual durante os intervalos de 2017 - 2018 e 2018 - 2019. O estudo foi conduzido em áreas de propriedade privada no município de Presidente Juscelino (MG), nas coordenadas 18° 38′ 40″S e 44° 04′ 57″W, com altitudes variando entre 600 e 890 m. A área do remanescente possui aproximadamente 150 ha, com declividade acentuada e presença de afloramentos rochosos. O histórico de uso da área incluía corte seletivo de algumas espécies nativas e circulação de bovinos e equinos no interior do fragmento, sendo estes distúrbios evidentes durante a condução da pesquisa. Destacou-se também a existência de trilhas ao longo do fragmento. Para a amostragem dos estratos regenerantes, foram usadas 25 parcelas permanentes 20 × 20 m alocadas sistematicamente em estudos do estrato arbóreo conduzido anteriormente neste remanescente. No interior das mesmas foram alocadas sub-parcelas de 5 × 5 m para o estrato das arvoretas, que teve como critério de inclusão indivíduos arbustivo-arbóreos vivos com altura igual ou superior a 1,0 m e DAS < 5,0 cm. Já para o estrato das juvenis foi avaliado em sub-parcelas de 2 × 2 m alocadas nas sub- parcelas de 5 × 5 m e nestas foram amostrados todos os indivíduos vivos com altura < 1,0 m. Durante as amostragens de 2018 e 2019, estes mesmos critérios foram adotados, sendo remedidos os sobreviventes, registrados os mortos, mensurado e identificados os recrutas. Foram estimadas, riqueza de espécies, diversidade, densidade e área basal para os dois estratos em cada um dos períodos avaliados. Para identificar mudanças nos parâmetros avaliados, foram feitas comparações entre os intervalos. Para análises de correlação de Pearson entre os parâmetros de dinâmica e ambiente, foram coletadas no interior de cada parcela, variáveis ambientais. Apesar de não haver diferença significativa, o índice de diversidade (H’) se manteve sempre mais alto para o estrato das arvoretas durante os dois intervalos de avaliação, assim como também foi observado para riqueza de espécies. Para o estrato das arvoretas, durante os períodos analisados, observou-se aumento no número de indivíduos (2017 = 110, 2018 = 113, 2019 = 127), isto representou um ganho de 2,7% no primeiro intervalo e 12,3% no segundo. Já para o estrato das Juvenis, durante os períodos avaliados, foi possível notar um aumento no número de indivíduos (2017 = 101, 2018 = 133, 2019 = 134) o que representou ganho de 31,7% no primeiro intervalo e 0,75% no segundo. Em ambos os intervalos e estratos, o recrutamento foi superior à mortalidade, mantendo a taxa de mudança liquida sempre positiva pra a densidade como também pra área basal. O estrato das juvenis no segundo intervalo por pouco não conseguiu manter o aporte de densidade com as perdas por mortalidade e o baixo recrutamento. Os estratos regenerantes se mostram influenciados pelas variáveis ambienteis analisadas, em especial aquelas que interferem na retenção hídrica do solo, como é o caso da rochosidade e variáveis relacionada a textura. Os estratos se comportaram de forma distinta, sendo o das juvenis o mais sensível às variações dos fatores ambientais analisados, como também as intervenções antrópicas, refletindo assim em um dinâmica mais acelerada.
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    Modelagem hipsométrica e seleção quanto a produtividade, adaptabilidade e estabilidade genotípica de clones de Eucalyptus spp. e Corymbia spp. em diferentes espaçamentos de plantio
    (UFVJM, 2019) Oliveira, Lucas Guilherme Moura; Laia, Marcelo Luiz de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Laia, Marcelo Luiz de; Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Oliveira, Leandro Silva de
    O espaçamento de plantio exerce influência direta no desenvolvimento e nas relações hipsométricas de clones de eucalipto. Neste tocante, a análise de seu efeito na relação hipsométrica e na produtividade, adaptabilidade e estabilidade genotípica se torna fundamental. A instabilidade genotípica pode suprimir a produtividade esperada de um genótipo, além de poder provocar alterações na relação hipsométrica e dificultar a escolha de modelos. Neste contexto, objetivou o ajuste e seleção de seis modelos hipsométricos para a estimativa do caráter altura total (HT), bem como a análise da interação genótipo x espaçamento (GxE) em vista à seleção de clones adaptados e estáveis genotípicamente em diferentes espaçamentos. O experimento foi implantado em delineamento em blocos casualizados com seis repetições em esquema de parcelas subdivididas com cinco clones de eucalipto (parcelas) em seis diferentes espaçamentos (subparcelas). Aos 48 meses de idade foram mensurados os caracteres circunferência a altura do peito (CAP) e HT. Os modelos foram avaliados quanto aos coeficientes obtidos via regressão. A seleção dos clones foi realizada por meio dos dados de diâmetro a altura do peito (DAP), HT e volume individual (VOL). Os componentes de variancia foram estimados pelo método da máxima verossimilhança restrita (REML) e preditos pelo melhor preditor linear não viesado (BLUP). A análise da estabilidade e adaptabilidade foi realizada pela média harmônica do desempenho relativo dos valores genéticos (MHPRVG). Baseado nas medidas de precisão os modelos 5 e 6 apresentaram os melhores ajustes, para diferentes clones e espaçamentos. A interação GxE é do tipo simples. Os clones C3, C4 e C5 apresentaram significativos ganhos com seleção, e melhor desempenho quanto a adaptabilidade e estabilidade genotípica.