PPGCF - Mestrado em Ciência Florestal (Dissertações)

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    Flutuações temporais na composição florística e estrutural da regeneração natural de um remanescente de Floresta Estacional Decidual
    (UFVJM, 2019) Oliveira, Diogo dos Santos; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Gonzaga, Anne Priscila Dias; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Vital, Adriana de Fátima Meira
    Este trabalho teve como objetivo avaliar a dinâmica dos estratos regenerantes (Arvoretas e Juvenis) e as suas relações com as variáveis ambientais em um fragmento de Floresta Estacional Decidual durante os intervalos de 2017 - 2018 e 2018 - 2019. O estudo foi conduzido em áreas de propriedade privada no município de Presidente Juscelino (MG), nas coordenadas 18° 38′ 40″S e 44° 04′ 57″W, com altitudes variando entre 600 e 890 m. A área do remanescente possui aproximadamente 150 ha, com declividade acentuada e presença de afloramentos rochosos. O histórico de uso da área incluía corte seletivo de algumas espécies nativas e circulação de bovinos e equinos no interior do fragmento, sendo estes distúrbios evidentes durante a condução da pesquisa. Destacou-se também a existência de trilhas ao longo do fragmento. Para a amostragem dos estratos regenerantes, foram usadas 25 parcelas permanentes 20 × 20 m alocadas sistematicamente em estudos do estrato arbóreo conduzido anteriormente neste remanescente. No interior das mesmas foram alocadas sub-parcelas de 5 × 5 m para o estrato das arvoretas, que teve como critério de inclusão indivíduos arbustivo-arbóreos vivos com altura igual ou superior a 1,0 m e DAS < 5,0 cm. Já para o estrato das juvenis foi avaliado em sub-parcelas de 2 × 2 m alocadas nas sub- parcelas de 5 × 5 m e nestas foram amostrados todos os indivíduos vivos com altura < 1,0 m. Durante as amostragens de 2018 e 2019, estes mesmos critérios foram adotados, sendo remedidos os sobreviventes, registrados os mortos, mensurado e identificados os recrutas. Foram estimadas, riqueza de espécies, diversidade, densidade e área basal para os dois estratos em cada um dos períodos avaliados. Para identificar mudanças nos parâmetros avaliados, foram feitas comparações entre os intervalos. Para análises de correlação de Pearson entre os parâmetros de dinâmica e ambiente, foram coletadas no interior de cada parcela, variáveis ambientais. Apesar de não haver diferença significativa, o índice de diversidade (H’) se manteve sempre mais alto para o estrato das arvoretas durante os dois intervalos de avaliação, assim como também foi observado para riqueza de espécies. Para o estrato das arvoretas, durante os períodos analisados, observou-se aumento no número de indivíduos (2017 = 110, 2018 = 113, 2019 = 127), isto representou um ganho de 2,7% no primeiro intervalo e 12,3% no segundo. Já para o estrato das Juvenis, durante os períodos avaliados, foi possível notar um aumento no número de indivíduos (2017 = 101, 2018 = 133, 2019 = 134) o que representou ganho de 31,7% no primeiro intervalo e 0,75% no segundo. Em ambos os intervalos e estratos, o recrutamento foi superior à mortalidade, mantendo a taxa de mudança liquida sempre positiva pra a densidade como também pra área basal. O estrato das juvenis no segundo intervalo por pouco não conseguiu manter o aporte de densidade com as perdas por mortalidade e o baixo recrutamento. Os estratos regenerantes se mostram influenciados pelas variáveis ambienteis analisadas, em especial aquelas que interferem na retenção hídrica do solo, como é o caso da rochosidade e variáveis relacionada a textura. Os estratos se comportaram de forma distinta, sendo o das juvenis o mais sensível às variações dos fatores ambientais analisados, como também as intervenções antrópicas, refletindo assim em um dinâmica mais acelerada.
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    Modelagem hipsométrica e seleção quanto a produtividade, adaptabilidade e estabilidade genotípica de clones de Eucalyptus spp. e Corymbia spp. em diferentes espaçamentos de plantio
    (UFVJM, 2019) Oliveira, Lucas Guilherme Moura; Laia, Marcelo Luiz de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Laia, Marcelo Luiz de; Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Oliveira, Leandro Silva de
    O espaçamento de plantio exerce influência direta no desenvolvimento e nas relações hipsométricas de clones de eucalipto. Neste tocante, a análise de seu efeito na relação hipsométrica e na produtividade, adaptabilidade e estabilidade genotípica se torna fundamental. A instabilidade genotípica pode suprimir a produtividade esperada de um genótipo, além de poder provocar alterações na relação hipsométrica e dificultar a escolha de modelos. Neste contexto, objetivou o ajuste e seleção de seis modelos hipsométricos para a estimativa do caráter altura total (HT), bem como a análise da interação genótipo x espaçamento (GxE) em vista à seleção de clones adaptados e estáveis genotípicamente em diferentes espaçamentos. O experimento foi implantado em delineamento em blocos casualizados com seis repetições em esquema de parcelas subdivididas com cinco clones de eucalipto (parcelas) em seis diferentes espaçamentos (subparcelas). Aos 48 meses de idade foram mensurados os caracteres circunferência a altura do peito (CAP) e HT. Os modelos foram avaliados quanto aos coeficientes obtidos via regressão. A seleção dos clones foi realizada por meio dos dados de diâmetro a altura do peito (DAP), HT e volume individual (VOL). Os componentes de variancia foram estimados pelo método da máxima verossimilhança restrita (REML) e preditos pelo melhor preditor linear não viesado (BLUP). A análise da estabilidade e adaptabilidade foi realizada pela média harmônica do desempenho relativo dos valores genéticos (MHPRVG). Baseado nas medidas de precisão os modelos 5 e 6 apresentaram os melhores ajustes, para diferentes clones e espaçamentos. A interação GxE é do tipo simples. Os clones C3, C4 e C5 apresentaram significativos ganhos com seleção, e melhor desempenho quanto a adaptabilidade e estabilidade genotípica.
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    Muvuca e bolas de sementes na restauração ecológica de áreas degradadas
    (UFVJM, 2019) Leão, Bruna Mara; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Israel Marinho; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Oliveira, Luiz Felipe Ramalho de
    A semeadura direta tem-se demonstrado promissora dentre as técnicas de restauração ecológica por ser considerada um procedimento barato e versátil podendo ser realizada em áreas de difícil acesso e grande declividade. Este trabalho teve como objetivo testar a muvuca e as bolas de sementes como técnicas de semeadura direta ainda pouco difundidas na recuperação de áreas degradadas. Neste sentido, no presente estudo foram realizados dois experimentos. No primeiro experimento, testou-se o uso da muvuca de sementes na restauração florestal de uma área de pastagem desativada no município de Conceição do Mato Dentro – MG. O experimento consistiu em oito tratamentos: sementes de espécies arbóreas com quebra de dormência (T1), sementes arbóreas sem quebra de dormência (T2), sementes arbóreas mais sementes herbáceas com quebra de dormência (T3), sementes arbóreas mais sementes herbáceas sem quebra de dormência (T4); os primeiros quatro tratamentos possuem argila como substrato na formação da muvuca e os tratamentos T5, T6, T7 e T8 são idênticos aos quatro primeiros, porém utilizando serragem como substrato. Os tratamentos usados na muvuca de sementes não apresentaram efeito nas variáveis analisadas. As espécies Piptadenia gonoacantha, Mabea fistulifera, Dalbergia nigra e Senegalia polyphylla apresentaram maior estabelecimento na área, sendo recomendadas para uso em projetos de restauração florestal. O estabelecimento das plantas ao fim do período avaliado foi de 4300 plantas ha-1, evidenciando a viabilidade da técnica aplicada a projetos de recuperação ambiental. Já no segundo experimento avaliou-se o potencial da semeadura direta por meio da confecção de bolas de sementes, tanto em ambiente controlado de casa de vegetação, quanto em ambiente de área degradada com dominância de gramíneas africanas no município de Diamantina – MG. Este experimento consistiu em quatro tratamentos compostos pela combinação de argila e esterco em diferentes proporções na formação das bolas: T1 – muito baixo teor de argila, T2 – baixo teor de argila, T3 – médio teor de argila e T4 – alto teor de argila. Foram utilizadas espécies arbóreas e herbáceas no interior de cada bola de argila em ambos os ambientes testados. As bolas de sementes confeccionadas com substrato contendo médio teor de argila proporcionaram os melhores resultados nos dois ambientes testados. A sobrevivência foi influenciada pelos tratamentos em ambiente de campo, onde as bolas com médio teor de argila mostraram-se melhores barreiras à predação das sementes e à disponibilização de nutrientes a longo prazo, resultando em maior crescimento para as plantas. Foi obtido um alto número de plantas estabelecidas na área corroborando a eficiência da bola de semente ao criar melhores condições de desenvolvimento inicial das plantas para recuperação de áreas degradadas.
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    Efeito de herbicidas sobre microrganismos simbiontes de espécies arbóreas
    (UFVJM, 2019) Barroso, Gabriela Madureira; Santos, José Barbosa dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, José Barbosa dos; Assis Júnior, Sebastião Lourenço de; Oliveira, Ivani Teixeira de
    Os herbicidas são produtos eficazes e economicamente viáveis para o controle de plantas daninhas em culturas agronômicas, sistemas agroflorestais e na recuperação de áreas degradadas. Resíduos desses agrotóxicos podem contaminar áreas não alvos, sendo necessária a descontaminação, que pode ser feita por espécies arbóreas e seu microbioma associado. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito de herbicidas sobre bactérias fixadoras de nitrogênio e fungos micorrízicos, simbiontes de espécies arbóreas. Os experimentos foram realizados em laboratório e casa de vegetação. No primeiro estudo foram avaliados os efeitos dos herbicidas 2,4-D, oxyfluorfen, sulfentrazone, clomazone, glyphosate, glufosinato de amônio, atrazine, ametrin e diuron sobre Bradyrhizobium sp. e o potencial de degradação dos herbicidas pela bactéria, in vitro. No segundo estudo foi avaliada a atividade de fungos micorrízicos da rizosfera de Inga edulis, Myrsine gardneriana, Schizolobium parahyba, Toona ciliata, Trichilia hirta e Triplaris americana submetidas aos tratamentos com atrazine e sulfentrazone. O efeito de doses comerciais dos herbicidas testados na bactéria Bradyrhizobium sp. variou entre os mesmos. O glyphosate, sulfentrazone e diuron foram os mais tóxicos e diminuíram o crescimento das bactérias. Os herbicidas sulfentrazone, glyphosate e diuron diminuíram a densidade celular máxima e o tempo de máximo crescimento celular. Bradyrhizobium sp. degradou os herbicidas 2,4-D, atrazine, sulfentrazone e diuron e os utilizou como fonte de carbono para seu crescimento. Algumas atividades dos fungos micorrízicos arbasculares das árvores submetidas aos herbicidas atrazine e sulfentrazone foram comprometidas. As espécies M. gardneriana, S. parahyba e T. ciliata foram as que tiveram comportamento semelhante às espécies no tratamento sem herbicida a partir do escalonamento multidimensional não-métrico feito com as variáveis analisadas.
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    Estudos dendrológicos de espécies arbóreas encontradas em ambientes da Serra do Espinhaço Meridional e Alto Jequitinhonha
    (UFVJM, 2019) Soares, Cassiano Cardoso Costa; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Couto, Luiz Carlos; Oliveira, Julia Sonsin; Mori, Fábio Akira
    Visando o (re)conhecimento da flora e auxiliar, principalmente, órgãos ambientais fiscalizadores, pesquisadores, madeireiras e empresas de consultorias, surge a necessidade de subsidiar estudos que visam identificação científica das espécies arbóreas, uma vez que estudos deste cunho são destinados somente a espécies comerciais. Esse trabalho teve como objetivo (i) gerar um manual dendrológico contendo informações das principais características macroanatômicas da madeira e dendrológicas de espécies arbóreas que ocorrem em ambientes ao longo da Serra do Espinhaço Meridional e Alto Vale do Jequitinhonha; e (ii) elaborar uma chave interativa de múltiplas entradas, com imagens das características avaliadas. Para este estudo, coletou-se amostras do lenho e botânicas de 101 espécies arbóreas, encontradas em fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual e de Cerrado Sentido Restrito. Por meio das amostras botânicas, identificou-se cientificamente cada espécie. A partir da madeira do lenho de cada espécie, confeccionou-se os corpos de prova que foram utilizados para a descrição macroanatômica. Todas as observações a olho nu e/ou por meio de lente de 10x de aumento e descrições das características macroscópicas avaliadas, foram realizadas obedecendo as normas e procedimentos propostos pelos Estudos de Anatomia de Madeira idealizados pelo IBAMA e COPANT. Já as descrições morfológicas, foram realizadas analisando as características das folhas e do tronco de cada espécie e seguindo literatura específica. A partir dos resultados obtidos, notou-se que: a partir de análises de caracteres macroanatômicos e/ou dendrológicos é possível identificar cientificamente uma espécie arbórea, evitando assim, que esta seja identificada por meio de nomes populares; a identificação científica realizada a partir da análise de estruturas macroanatômicas, pode ser considerada como uma solução efetiva em diversos estudos, principalmente, quando a espécie não apresentar caracteres dendrológicos (folhas, flores e frutos); as chaves interativas de múltiplas entradas são ferramentas eficazes no processo de identificação, devido a facilidade na utilização e atualização; pesquisas como esta poderão auxiliar órgãos ambientais fiscalizadores (em vistorias para certificar quais espécies que foram exploradas); a sociedade (no uso de determinada espécie, verificando se ela é ameaçada de extinção, e/ou protegida por lei); pesquisadores (ter uma informação fidedigna da espécie estudada); madeireiras (evitar a comercialização errônea de madeiras).
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    Resgate e acondicionamento de plantas de espécies endêmicas dos campos rupestres
    (UFVJM, 2019) Lima, Fernanda Silveira; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Israel Marinho; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Oliveira, Luiz Felipe Ramalho de
    A pressão exercida sobre a exploração de rochas ornamentais e minério de ferro na Serra do Espinhaço tem causado alterações no padrão e na dinâmica natural dos ecossistemas e na comunidade vegetal. Diante deste cenário e da atual legislação minerária, empresas se comprometem a adotar estratégias de mitigação, de forma a compensar tais impactos. Neste sentido, realizaram-se estudos de estratégias de conservação por meio da prática do resgate de espécies em áreas de mineração no Espinhaço Meridional em campos rupestres quartzíticos (Diamantina-MG) e ferruginosos (Conceição do Mato Dentro). Em vista disso, propôs-se no presente estudo avaliar diferentes técnicas de resgate da flora como forma de subsidiar a produção de mudas para a restauração de ambientes em áreas de mineração. A dissertação foi estruturada em três capítulos, sendo o primeiro uma revisão de literatura, com intuito de retratar os temas abordados na dissertação. No segundo, avaliou-se o acondicionamento dos indivíduos resgatados em forma de micro-habitats, visando gerar conhecimento que viabilize a reintrodução destas espécies na restauração das áreas degradadas. Para tal, avaliou-se as espécies Vellozia epidendroides e Cipocereus minensis como espécies chaves, em diferentes composições de mix de espécies e níveis de sombreamento. No terceiro capítulo, foi verificado a sobrevivência e índices de clorofila da Vellozia ramosissima em diferentes classes de altura dos indivíduos resgatados (pequeno, médio e grande). O resultado deste estudo corroborou a eficiência da metodologia proposta bem como as melhores condições para acondicionamento dos indivíduos pós – resgate e composição de mix de espécies, o que possibilita nortear a restauração ecológica dos campos com uso de espécies endêmicas de diferentes formas de vida e com alta diversidade.
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    Padrões espaciais, temporais e funcionais de populações arbóreas em duas fitofisionomias do Cerrado
    (UFVJM, 2019) Ferreira, Mateus de Souza; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Gonzaga, Anne Priscila Dias; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Almeida, Hisaias de Souza
    O presente estudo, conduzido na Fazenda Experimental Campus do Moura, em Curvelo, MG, objetivou avaliar as populações de Astronium fraxinifolium, Magonia pubescens, e Qualea parviflora no Cerrado stricto sensu (CSS) e Cerradão (CD), sendo analisada a influência das variáveis ambientais sobre as taxas de dinâmica, assim como analisar o crescimento em circunferência correlacionando com as variáveis climáticas e compreender a relação planta-ambiente por meio de estudos relacionados aos atributos foliares, fenológicos e ecofisiológicos. Para avaliar a dinâmica populacional, em 2010 foi realizado um inventário florestal, onde foram alocadas 25 parcelas de forma sistemática sendo identificados e medidos todos os indivíduos vivos com DAP ≥ 5,0cm a 1,30m de altura. No segundo inventário, em 2015, foram adotados os mesmos critérios da amostragem anterior, sendo remedidos os sobreviventes, registrados os mortos e identificados os recrutas. Para utilizar a análise de correlação de Pearson entre as variáveis edáficas e variáveis de dinâmica, foram coletadas amostras de solo para determinação das análises química e granulométrica. Para avaliar o ritmo de crescimento cambial foram instalados nos troncos dos indivíduos faixas dendrométricas artesanais permanentes para mensuração do crescimento. As medições dos incrementos de circunferência do tronco e fenologia foram realizadas mensalmente no período de outubro/2017 a setembro/2018. Os dados mensais de temperaturas mínimas e máximas (°C) e precipitação mensal (mm) foram obtidos através da estação meteorológica do INMET. Para avaliar a influência da sazonalidade nos padrões de crescimento e fenologia, foram aplicadas correlações de Pearson. Para avaliar os atributos funcionais foram definidos grupos com bases nos dados ecofisiológicos, densidade da madeira, atributos foliares e eventos fenológicos. A partir disso, foram realizadas coletas de 10 folhas de cada indivíduo em quatro períodos: início e pico da estação chuvosa e seca. Para a determinação das variáveis ecofisiológicas utilizou-se o fluorômetro portátil posicionado no centro do limbo foliar. Para densidade da madeira foram retiradas amostras do tronco de cada árvore com auxílio do trado dendrométrico. A densidade da madeira foi determinada a partir da razão entre peso seco final e o volume saturado inicial da amostra. Para avaliar o grau de correlação entre as variáveis coletadas e as espécies em estudo, foi realizado análises de componentes principais (PCA). Os resultados da dinâmica populacional mostraram que a mortalidade foi maior que o recrutamento, mas mesmo assim houve ganho em área basal no CSS. No CD houve redução tanto no número de indivíduos, quanto em área basal, isso devido à alta taxa de mortalidade. Em ambos ambientes os resultados mostraram que as mudanças ocorreram de forma mais acelerada nas duas primeiras classes diamétricas. A análise de correlação mostrou que, as variáveis edáficas que sintetizam fertilidade e que compõem a granulometria influenciaram positivamente nas taxas de dinâmica, enquanto as que sintetizam acidez e toxicidade por alumínio influenciaram negativamente. Em relação ao incremento cambial foi observado um crescimento acentuado entre os meses de outubro a março, onde essas espécies apresentaram maiores variações. O estudo fenológico mostrou que durante os meses secos, houve um aumento na deciduidade das espécies, enquanto no período chuvoso houve um grande aumento na geração de novas folhas; quanto a frutificação as espécies produziram frutos em apenas uma época. Os resultados das correlações de Pearson, mostraram que todas as fenofases as espécies em ambos ambientes se mostraram forte e positivamente relacionadas com a temperatura máxima, média, precipitação mensal e as fenofases (brotação, queda foliar e frutificação). Os resultados dos atributos funcionais mostraram que ao analisar todas as populações de forma agrupada, o resultado da PCA foi significativo, porém não houve separação das espécies por grupos funcionais, sendo então optado por analisar as populações separadamente. Dessa forma, os resultados para as espécies analisadas individualmente, mostraram que houve um agrupamento dos indivíduos por ambiente, sendo as variáveis que mais contribuíram foram os atributos foliares e fenológicos, influenciados pelos intervalos da sazonalidade climática.
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    Fertilização de segunda rotação: produção volumétrica equivalente à primeira rotação
    (UFVJM, 2019) Martins, Nivaldo de Souza; Santana, Reynaldo Campos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santana, Reynaldo Campos; Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Martins, Lafayete Gonçalves Campelo
    A produtividade dos povoamentos de eucalipto para a produção de carvão vegetal no Alto Jequitinhonha evoluiu muito nas últimas décadas. A fertilização florestal é um dos principais manejos silviculturais que colaboraram para este ganho. Apesar disto, são raros os estudos que avaliaram o efeito da fertilização em um mesmo povoamento por mais de uma rotação. O objetivo do presente estudo foi avaliar as fertilizações de fósforo (P) e nitrogênio (N) em povoamentos conduzidos em primeira e segunda rotações. Dois experimentos foram desenvolvidos em escala operacional, compreendendo 50 ha cada experimento, na região de Itamarandiba-MG, um com P e outro com N em cultivo mínimo. O experimento de P, avaliou 9 pacotes nutricionais com base em P conduzidos em blocos ao acaso com 4 repetições. O experimento de N avaliou 6 pacotes nutricionais com base em N conduzidos em blocos ao acaso com 4 repetições. Ambos os experimentos utilizaram o Eucalipto urograndis, plantados no arranjo 3,0m x 2,8m, conduzidos em primeira e segunda rotações, sendo que a mesma fertilização empregada em primeira rotação foi repetida na segunda. A produção foi avaliada anualmente até 84 meses de idade na primeira rotação e 72 meses na segunda rotação. Para o experimento de P, conclui-se que a segunda rotação possui o mesmo potencial produtivo da primeira rotação; as diferentes fontes de fósforo, solúvel e parcialmente solúvel, proporcionam adequado desenvolvimento dos plantios; e que a segunda rotação tem que receber a mesma recomendação de fertilização da primeira rotação. E para o experimento de N, conclui-se que a resposta do eucalipto à adubação nitrogenada se assemelha-se entre rotações; e o eucalipto não responde a elevadas doses de adubação nitrogenada em ambas as rotações.
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    Avaliação estrutural de um latossolo vermelho-amarelo sob manejos, uso e mata natural
    (UFVJM, 2019) Silveira, André Ribeiro; Leite, Ângelo Márcio Pinto; Rocha, Wellington Willian; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leite, Ângelo Márcio Pinto; Rocha, Wellington Willian; Carvalho, Rita de Cássia Ribeiro
    O uso intensivo do solo, o pisoteio animal a alta trafegabilidade de máquinas e a utilização de implementos agrícolas e florestais nas operações de manejo do solo e das culturas, quando realizadas de forma inapropriada ou em condições de conteúdo de água inadequados são responsáveis por causar degradação da estrutura do solo. Objetivou-se com esse trabalho analisar as características físicas de um Latossolo vermelho-amarelo utilizando se de várias ferramentas para a determinação da compactação do solo. Para o experimento capacidade suporte de cargas de um Latossolo sob diferentes usos e mata natural, foram coletadas amostras indeformadas e deformadas do Cerrado, da Mata natural e do sistema Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), no qual fez-se análises texturais e de matéria orgânica. O solo ILPF e Cerrado não apresentam diferenças significativas entre si ao nível de 5% de probabilidade, mesmo apresentando a mesma classe de solo e sofrendo pisoteio animal. A diferença encontrada para o Cerrado e ILPF em relação à Mata, pode ser explicada pela maior quantidade de Matéria Orgânica no solo sob mata. As áreas de ILPF e Cerrado apresentaram maiores valores de Pressão de Pré Consolidação (PP), indicando que a estrutura do solo apresentou deformação devido ao pisoteio animal e ou tráfego de máquinas. A mata por sua vez tem uma menor PP, devido a sua maior quantidade de matéria orgânica, a qual promove um alívio na estrutura do solo deixando o mais solto. No experimento da análise física de um Latossolo vermelho-amarelo sob diversos manejos e usos, foram coletadas amostras indeformadas e deformadas do Plantio de eucalipto (PE), Cerrado (CE), Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), plantio convencional de milho (PCM), pastagem extensiva (PEX) e mata natural (MN). Fez-se Ensaio de Proctor normal para se avaliar a densidade máxima de compactação e umidade ótima de compactação, resistência do solo à penetração e velocidade de infiltração básica (VIB). Os manejos Cerrado e Pastagem extensiva foram os que apresentaram maiores densidades do solo, sendo a Mata natural o sistema que apresentou a menor densidade do solo, devido apresentar maior quantidade de matéria orgânica. O pisoteio animal foi o fator preponderante para o aumento da densidade do solo. Os manejos PEX e CE, apresentam os maiores de Grau de Compactação (GC), indicando uma maior alteração estrutural do solo quando comparados com a Mata. Todos os sistemas apresentaram valores de Velocidade de Infiltração Básica (VIB) inferiores ao da mata, indicando, no entanto, que a atividade antrópica interferiu na estrutura do solo.
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    Caracterização fenotípica de Eucalyptus cloeziana para a produção de madeira tratada
    (UFVJM, 2019) Moreira, Paulo Henrique; Laia, Marcelo Luiz de; Abrahão, Christóvão Pereira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Laia, Marcelo Luiz de; Abrahão, Christóvão Pereira; Dutra, Gleyce Campos; Lopes, Emerson Delano
    A indústria de madeira tratada na região do Alto Jequitinhonha vem crescendo continuamente desde que os preços do carvão vegetal tornaram este produto menos atrativo para os produtores de madeira desde o início da crise do setor siderúrgico em 2008. Entretanto, estas empresas de tratamento utilizam materiais genéticos que não foram estudados cientificamente para a comprovação de sua adequação a este uso, nem tampouco foram desenvolvidos programas de melhoramento genético enfocando esta aplicação. O presente trabalho caracteriza algumas propriedades da madeira de árvores de Eucalyptus cloeziana advindas de plantios seminais de empresas da região com o objetivo de determinar e identificar materiais genéticos com maior potencial em qualidade da forma e propriedades físicas, dando subsídio a um possível programa de melhoramento. Foram visitados plantios de 05 empresas com idade em torno de 07 anos, onde foram colhidas 09 árvores em cada empresa. Estas árvores foram traçadas em 04 toras de 2,5 m de comprimento, a partir da base. Todas estas toras foram avaliadas no campo quanto ao seu diâmetro, à sua conicidade, tortuosidade e nodosidade. Posteriormente, algumas toras foram transportadas para o laboratório onde foram produzidas amostras para a determinação da circularidade, teor de alburno, densidade básica, teor de umidade, resistência à flexão, compressão e cisalhamento. Análises estatísticas envolvendo testes de médias e avaliação da correlação foram realizadas. A partir dos resultados, foram calculados índices de qualidade que expressam a posição de indivíduos e empresas em relação à média geral. A empresa 3 obteve destaque no índice de qualidade geral.