PPGPV - Mestrado em Produção Vegetal (Dissertações)

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    Crescimento e atividade enzimática em mudas de cedro australiano (Toona ciliata M. roem. var. australis) inoculadas com fungos micorrízicos
    (UFVJM, 2019) Costa, Eliane Cristine Soares da; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grazziotti, Paulo Henrique; França, André Cabral; Gandini, Andrezza Mara Martins
    O cedro australiano (Toona ciliata) tem se destacado em povoamentos florestais comerciais devido à qualidade da sua madeira, rápido crescimento, adaptação a climas tropicais e subtropicais e resistência ao ataque da Hipsiphyla grandella. Sabe-se que em viveiros florestais, a inoculação com fungos micorrízicos tem contribuído para o vigor das plantas e pode representar uma economia considerável da adubação química, principalmente a fosfatada, tornando, portanto, o cultivo mais sustentável. No entanto, são poucas as informações existentes sobre o efeito da inoculação de fungos micorrízicos arbusculares (FMA) em mudas clonais de cedro australiano. Desta maneira, este estudo teve por objetivo avaliar a eficiência da inoculação de FMA no crescimento de mudas clonais de cedro australiano. Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 2x4, sendo os clones BV1120 e BV1321 inoculados com inoculante comercial à base de FMA, Rootella BR®, com a mistura dos inóculos de FMA Claroideoglomus etunicatum e Acaulospora morrowiae, crescidos em substrato com redução da adubação fosfatada e dois controles não inoculados com e sem redução da adubação fosfatada. Para as mudas com redução da adubação fosfatada, a massa seca da parte aérea (MSPA) e massa seca total (MST) foram maiores nas inoculadas com Rootella BR®. Apesar de a colonização micorrízica ter sido maior nas mudas inoculadas com C. etunicatum + A. morrowiae. Independente do inoculante, a inoculação aumentou as atividades de superóxido dismutase e catalase nas folhas das mudas em relação às não inoculadas. A inoculação ou redução da adubação fosfatada influenciou os teores de P, N e Mn na parte aérea das mudas. Os clones se comportaram de maneira distinta em relação ao crescimento, as mudas exibiram maior diâmetro do coleto, MSPA, massa seca de raízes, MST, razão raiz parte aérea e Índice de Qualidade de Dickson no clone BV1321 do que no clone BV1120. A inoculação com fungos micorrízicos arbusculares aumenta o crescimento da parte aérea, os teores de P e a atividade das enzimas CAT e SOD de mudas de cedro australiano (Toona ciliata) em viveiro comercial, mas este efeito é dependente do clone.
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    Interferência de Bidens pilosa no crescimento e fisiologia do cafeeiro (Coffea arabica L.) submetido a adubações fosfatadas
    (UFVJM, 2019) Machado, Caroline Maira Miranda; França, André Cabral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); França, André Cabral; Santos, José Barbosa dos; Franco, Miguel Henrique Rosa
    A fase inicial de crescimento do cafeeiro (Coffea arabica L.) é considerada uma das mais sensíveis à interferência das plantas daninhas. Condições de estresse e deficiência nutricional podem possibilitar maior aproveitamento de recursos e crescimento das plantas daninhas em comparação as plantas de café, devido a sua rusticidade, sendo assim, fatores que busquem maior vantagem para o cafeeiro como a disponibilização lenta e eficiente dos fertilizantes pode beneficiar seu crescimento diante da competição. Objetivou-se avaliar a interferência de Bidens pilosa no crescimento e fisiologia do cafeeiro submetido a diferentes formas de liberação das adubações fosfatadas. O experimento foi conduzido em casa de vegetação da UFVJM no delineamento em blocos casualizados dispostos em esquema fatorial 4 x 6, com quatro repetições. Foram utilizadas mudas de café cultivar Rubi MG 1192 em competição com quatro níveis de infestação (nulo–cafeeiro livre da competição, baixo–uma planta/vaso, médio–duas plantas/vaso e alto–quatro plantas/vaso), combinadas com fontes de P2O5 (Super Simples, MAP Convencional, Organomineral Farelado, Organomineral Peletizado, MAP Revestido com polímero e tratamento Controle sem adubação) em doses de 100% equivalente a adubação mineral de fósforo para o plantio do cafeeiro. Realizou-se a semeadura de B. pilosa aos 30 dias após o transplantio do café, convivendo no mesmo vaso por 90 dias. As plantas de café sob competição com B. pilosa, reduziram o crescimento e teor de fósforo foliar, sendo essa redução intensificada com o aumento da densidade da competição. Para a fisiologia das plantas de café, a fluorescência da clorofila e os teores de clorofila a e b foram influenciados, com prejuízos no aparelho fotossintético do cafeeiro. As fontes de fertilizantes com a tecnologia Organomineral Farelado, Organomineral Peletizado e MAP revestido com polímero proporcionaram maior aproveitamento do nutriente das plantas de café, por promoverem liberação lenta, com menor competição da B. pilosa.
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    Fontes de fósforo no crescimento e fisiologia de mudas de café arábica
    (UFVJM, 2019) Sardinha, Levy Tadin; França, André Cabral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); França, André Cabral; Silva, Ricardo Siqueira da; Franco, Miguel Henrique Rosa; Farnezi, Múcio Mágno de Melo
    Um dos fatores que oneram os custos de produção de mudas de café é a adubação. O uso de fertilizantes de liberação controlada é uma alternativa para produção comercial de mudas produzidas em tubetes com substrato comercial com baixa CTC. Assim, objetivou-se avaliar o crescimento e respostas fisiológicas de mudas de café arábica produzidas em tubetes e submetidas a diferentes doses e fontes de fósforo. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em delineamento de blocos ao acaso, com onze tratamentos e quatro repetições, e com três plantas por parcela. Utilizou-se substrato comercial e tubetes de 100 mL, previamente lavado e a cultivar Mundo Novo IAC 379, de porte alto. Os tratamentos constituíram nas adubações fosfatadas com Osmocote, organomineral peletizado e farelado nas doses de 4, 8 e 12 g/dm³, MAP, MAP revestido, Superfosfato Simples + Ureia e testemunha (sem adubação). Após 180 dias do transplantio avaliou-se o crescimento, os índices de qualidade e fisiológicos das mudas, o teor de fósforo foliar e de clorofila a e b, clorofila total e teor de fósforo lixiviado do substrato. Os maiores teores de matéria seca, relação parte aérea/sistema radicular e índice de qualidade de Dickson foram observados para a adubação com o organomineral na dose de 4 g/dm³ de P2O5, o osmocote e o MAP revestido. Em relação as respostas fisiológicas, a adubação com o organomineral na dose de 4 g/dm³ de P2O5, o osmocote e o MAP revestido foram capazes de alocar maior quantidade de fotoassimilados para as raízes, além de reduzir as perdas de fósforo por lixiviação. De acordo com as equações ajustadas em função das doses do organomineral peletizado e farelado, a dose que maximiza o crescimento e a qualidade das mudas de café é de aproximadamente 6 g/dm³ de P2O5. Diante disso, conclui-se que as adubações utilizando organomineral peletizado e farelado e o MAP revestido obtiveram resultados semelhantes quando comparado ao Osmocote, viabilizando o uso para produção de mudas de café em tubetes.
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    Dormência e qualidade fisiológica de sementes de Panicum maximum
    (UFVJM, 2019) Martins, Mahany Graça; Nery, Marcela Carlota; Magalhães, Marcela Azevedo; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nery, Marcela Carlota; Magalhães, Marcela Azevedo; Pires, Raquel Maria de Oliveira; Evangelista, Antônio Ricardo
    A qualidade das sementes forrageiras nem sempre é um fator presente em função da desuniformidade de maturação e à presença de dormência. Objetivou-se determinar métodos de superação de dormência e adequar a metodologia do teste de envelhecimento acelerado para sementes de Panicum maximum cv. mombaça. Realizou-se a determinação do perfil do lote. Para a superação química foi usado o esquema fatorial, 4x5 (quatro lotes de sementes e cinco tratamentos: escarificação química em H2SO4 98% por 1, 3, e 5 minutos, umedecimento do substrato com KNO3 0,2% e testemunha) para a superação térmica foi usado o esquema fatorial 4x3x3+1 (quatro lotes de sementes, três temperaturas, 30°C, 40°C e 50°C, três períodos de exposição 5h, 10h e 15 horas e testemunha). Para o teste de envelhecimento acelerado, as sementes foram submetidas aos métodos tradicional, solução saturada de NaCl e solução saturada de KCl pelos períodos de envelhecimento de 0h; 24h; 48h; 72h e 96 horas a 41°C. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado e os dados analisados em esquema fatorial 4x3x5, quatro lotes de sementes; três métodos (água, NaCl e KCl) e cinco períodos de tempos (0h, 24h, 48h, 72h, 96 horas). Concluiu-se que os métodos de superação de dormência química com uso de KNO3 a 0,2%, e térmico com uso de 30°C pelo período 5 horas de exposição ao calor são eficientes para a superação da dormência e que o teste de envelhecimento acelerado com uso de NaCl por 48 horas possibilita a separação dos lotes de sementes de Panicum maximum cv. Mombaça em diferentes níveis de vigor.
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    Manejo da poda para o cultivo perene de fisalis
    (UFVJM, 2019) Lima, João Esdras; Cruz, Maria do Céu Monteiro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cruz, Maria do Céu Monteiro; Fialho, Cíntia Maria Teixeira; Moreira, Rodrigo Amato
    A introdução, no Brasil, da Physalis peruviana L. é recente e o cultivo tem crescido devido ao aumento do consumo, com a divulgação dos benefícios dos frutos. É uma espécie de hábito perene, porém, cultivada como anual, devido às perdas de produtividade e de qualidade dos frutos quando o cultivo é prolongado por mais de um ano. Entretanto, com o manejo da poda e a escolha do sistema de condução adequados, pode ser possível prolongar o cultivo das plantas de fisalis. Neste contexto, o trabalho foi realizado com objetivo de avaliar a poda na condução e na renovação das plantas para o cultivo perene de Physalis peruviana em condições de clima tropical de altitude e temperado úmido. O experimento foi realizado em dois locais de cultivo, Diamantina, Minas Gerais e Couto de Magalhães de Minas, Minas Gerais. No primeiro ano foram adotados dois sistemas para a condução das plantas, poda dos ramos e tutoramento em espaldeira e livre sem poda e espaldeira. No segundo ano, em cada sistema de condução foi eliminada a metade das plantas e plantadas novas mudas; no restante, foi feita uma poda de redução, eliminando-se todas os ramos a 10 cm de altura do solo, para avaliação do 2º ciclo de produção das plantas, estabelecendo-se no segundo ano plantas do 2º ciclo sem condução, plantas do 2º ciclo com poda para condução em espaldeira, plantas do 1° ciclo sem condução e plantas do 1º ciclo com poda para condução em espaldeira. Para o primeiro ano,o desempenho produtivo foi superior no cultivo realizado em Diamantina, em relação à produtividade, 13,54 t·ha-1 e ao tamanho dos frutos. Para as plantas do 2° ciclo, a maior produtividade em Diamantina foi de 3,9 t·ha- 1 e, em Couto de Magalhães de Minas, de 5,6 t·ha-1. O desempenho produtivo das plantas no 2° ciclo de produção variou nos dois locais de cultivo, de acordo com as variações climáticas. O cultivo da Physalis peruviana em regiões de temperaturas amenas favorece as altas produtividades e o tamanho dos frutos. O manejo da poda para a condução das plantas melhora a produtividade e a qualidade de frutos. A viabilidade do cultivo de Physalis peruviana de forma perene pode variar de acordo com as condições climáticas do local de cultivo e o sistema de condução adotado.
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    Adequação da adubação fosfatada em mudas de eucalipto ectomicorrizadas
    (UFVJM, 2016) Carneiro, João Paulo; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fernandes, Luiz Arnaldo; Lopes, Carla Aparecida Ragonezi Gomes; Grazziotti, Paulo Henrique
    As ectomicorrizas promovem melhor absorção de P (fósforo) e podem reduzir a demanda das reservas naturais desse nutriente, mas são influenciadas pelas adubações fosfatadas. Foram avaliados os clones AEC2034 e AEC2233 em experimentos independentes em delineamento inteiramente casualizado no esquema fatorial 4x5+1. Estacas foram colocadas para enraizar em substrato com quantidades e fontes de fertilizantes fosfatados de liberação lenta, fornecendo 1; 2; 2,3 e 6 mg de P por planta e inoculado com 16 esferas de gel de alginato com micélio dos isolados D5, D17, D95 e D216 de Pisolithus sp. e não inoculado (Controle). O tratamento adicional foi adubado com 36 mg de P por planta no substrato de produção das mudas e sem inoculação (Comercial). Para os dois clones, a sobrevivência, diâmetro do coleto, altura, MSPA (massa seca da parte aérea), MSR (massa seca das raízes), R/PA (razão MSR/MSPA) e porcentagem de pontas de raízes colonizadas foram influenciados pelos isolados, mas foi dependente da adubação utilizada. A inoculação com os isolados de Pisolithus sp. aumentou a sobrevivência das mudas do clone AEC 2034 em alguns níveis de adubação em relação as mudas do Comercial. No AEC 2233 a inoculação com os isolados de Pisolithus sp. aumentou a altura das mudas em relação as do Controle e as mudas que tiveram sua altura iguais às do Comercial foram: inoculadas com o D17 e crescidas em substrato adubado com 1 e 2 mg de P por planta, inoculadas com o D216 no substrato adubado com 2 mg de P e inoculadas com D95 em substrato com todos os níveis de adubação fosfatada. O D17 foi o único isolado que aumentou a MSPA e a MSR e isto ocorreu apenas no AEC 2034 e crescidas em substrato contendo 6 mg de P por muda. Em relação ao Comercial, a R/PA foi maior nas mudas do AEC 2034 inoculadas com o D17 e D216 crescendo em substrato adubado 1 mg de P por planta e com o D5 e crescidas em substrato adubado com 6 mg de P por planta. A porcentagem de pontas colonizadas dos dois clones aumentou com a inoculação de todos os isolados e na maioria dos níveis de adubação fosfatada em relação ao Controle e Comercial. As doses e fontes de fertilizantes fosfatados de liberação lenta influenciam a colonização, sobrevivência, crescimento e nutrição de mudas clonais de eucalipto inoculadas com isolados de Pisolithus sp. Os efeitos das doses e das fontes de fertilizantes fosfatados sobre a simbiose são dependentes do isolado fúngico e do clone de eucalipto. A adição de 2 mg de P planta fornecida pelo N19-P06-K10 de liberação lenta permite a obtenção de maiores benefícios da inoculação de Pisolithus sp. nos dois clones. Os isolados D5 e D17 de Pisolithus sp. são mais indicados para inoculação de mudas clonais de eucalipto em viveiro comercial. O clone AEC2034 é o mais responsivo a inoculação por fungos ectomicorrízicos obtendo maiores benefícios.
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    Uso de composto de resíduo da indústria têxtil e adubo organomineral em mudas e no crescimento inicial do cafeeiro
    (UFVJM, 2016) Neiva Júnior, Eudes; França, André Cabral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lemos, Vinícius Teixeira; Grazziotti, Paulo Henrique; Andrade Júnior, Valter Carvalho de
    A adubação do cafeeiro, com fertilizantes minerais, compõe um dos principais custeadores da produção. Além disso, o uso intensivo desses insumos pode contribuir para a insustentabilidade da atividade. Nesse sentido, buscar alternativas à adubação convencional é tática indicada atualmente. Por esse motivo, buscou-se com o trabalho avaliar a produção de mudas e plantas jovens de cafeeiro quanto à fertilização com composto orgânico advindo de resíduo de indústria têxtil e com fertilizantes organominerais. Foram realizados dois estudos, onde no primeiro avaliou-se o crescimento de mudas de café arábica em substrato contendo uma mistura de solo e resíduos da indústria têxtil, nas doses (0, 4, 8, 16 e 32%). As plantas foram avaliadas quanto ao crescimento, acúmulo de biomassa e teor de nutrientes, nas fases de produção de mudas e desenvolvimento das plantas jovens. No segundo experimento, as plantas foram avaliadas após cultivo em diferentes substratos: sem fertilização, adubação convencional, mineral, orgânica e tratamentos com dosagens de organominerais peletizados. Foram avaliados atributos de crescimento e acúmulo de biomassa. Para o primeiro experimento, observou-se que a adição do composto orgânico produzido a partir de resíduo da indústria têxtil, se mostrou inferior ao tratamento convencional (orgânico + mineral) para a produção de mudas e estabelecimento de plantas no campo. O aproveitamento de resíduos da indústria têxtil na agricultura apresentou-se como uma solução tecnicamente viável, devido sua elevada concentração de nutrientes minerais como potássio, zinco e cobre, além da matéria orgânica. Já para o segundo experimento, a adubação convencional proporcionou plantas com maior crescimento e biomassa em relação ao organomineral. Quanto maior a concentração do organomineral, maiores são os benefícios às plantas de café, dentro da faixa avaliada.
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    Quantificação, isolamento e caracterização de bactérias diazotróficas em Eucalyptus e Corymbia
    (UFVJM, 2019) Abreu, Caique Menezes de; Costa, Márcia Regina da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Márcia Regina da; Marriel, Ivanildo Evódio; Grazziotti, Paulo Henrique
    As bactérias diazotróficas podem aumentar a indução sistêmica de resistência a pragas e doenças, tolerância a condições adversas e fornecer fitohormônios e nutrientes para plantas de interesse florestal, mas essa tecnologia ainda não é explorada. O objetivo do presente trabalho foi quantificar, isolar e caracterizar a população de bactérias diazotróficas endofíticas e rizosférica em Eucalyptus e Corymbia e verificar a resposta de sensibilidade em plantas não alvo. A população de bactérias diazotróficas de folhas, raízes e rizosfera em Eucalyptus cloeziana, híbrido Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis (urograndis) e Corymbia citriodora foi quantificada pelo método do número mais provável, cultivadas em meio semisólido livre de nitrogênio. A partir dos cultivos semi-seletivos para quantificação de diazotrófico foram isoladas 87 bactérias. Estas estirpes foram caracterizadas morfologicamente por tipo de células e de colônias; bioquimicamente pela produção de enzimas amilase, catalase, esterase-lipase, oxidase, urease e nitrato redutase e pela produção de ácido indol-3-acético (AIA), bacteriocinas, sideróforo e solubilizadores de fosfatos. A caracterização genética dos isolados foi estimada pela distância de dissimilaridade, por meio dos descritores morfológicos e bioquímicos. A interação entre diazotróficos-plantas sem causar sintomas de doença foi verificada pelo método da reação de hipersensibilidade induzida em plantas não alvo Capsicum annuum, Nicotiana tabacum e Solanum lycopersicum. Uma coleção de bactérias com potenciais promotores de crescimento vegetal foi estabelecida de maneira a preservar linhagens para investigações posteriores sobre seu potencial como inoculante para o setor florestal. Todos as 87 estirpes bacterianas além de fixarem N apresentaram a capacidade de produzir pelo menos mais um dos produtos investigados. A frequência das múltiplas funções foi de 92% para a catalase, 57,5% para fosfatase, 67% para urease, 69% para nitrato redutase, 40% para esteraselipase, 24% produção de sideróforo e 83% produção de ácido indol-3-acético. A diversidade microbiana gerou 38 grupos bacterianos, de Eucalyptus e Corymbia e microambientes diferentes, de interesse biotecnológico agronômico e industrial. A atividade microbiana produtora de AIA dependente de L-triptofano foi observada em Herbaspirillum spp., Burkholderia spp., e Azospirillum spp. naturais dos três microambientes da planta hospedeira, com produção de até 411,3 μg mL-1, escolhendo 28 estirpes. O índice de solubilidade de P por bactérias diazotróficas na forma de P-orgânico e P-inorgânico selecionou de 38 estirpes com moderada a alta capacidade de solubilização. As estirpes CctRZlgi-124, EhiFjnfb-34 e EhiFjnfb-36 podem ser utilizadas no controle biológico, com ação antagonista a cepas de Xanthomonas spp. Todas as estirpes apresentaram resposta negativa a reação de hipersensibilidade induzida, significando potenciais agentes endofíticos e rizosféricos benéficos as plantas de eucalipto. A densidade diazotrófica em plantas de Corymbia citriodora, híbrido urograndis e Eucalyptus cloeziana diminui na medida que há o afastamento do microambiente rizosférico para microambientes da filosfera, como raízes e folhas. A modificação da densidade de células bacterianas diazotróficas é dada em função do genótipo da planta hospedeira e ao microambiente. O clone Corymbia citriodora apresentou densidade maior que em relação ao híbrido urograndis e ao E. cloeziana. A multifuncionalidade de diazotróficos possibilita a elaboração de arranjos e formulações de inoculante específicos e mistos para uso no setor florestal e ou industrial.
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    Avaliação da compatibilidade dos inseticidas deltametrina e neem, com o entomopatógeno Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorok. e o predador Podisus sagitta (Fab.)
    (UFVJM, 2019) Silva, Cleriston Souza; Soares, Marcus Alvarenga; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Soares, Marcus Alvarenga; Oliveira, Ivani Teixeira de; Assis Júnior, Sebastião Lourenço de
    O manejo integrado de pragas - MIP possibilita o uso conjunto de táticas de controle visando manter a densidade populacional dos insetos abaixo do nível de dano econômico. Este trabalho teve como objetivo avaliar a compatibilidade dos inseticidas deltametrina e óleo de neem com o fungo entomopatogênico Metarhizium anisopliae (Metschnikoff) Sorokin e o predador Podisus sagitta (Fabricius). O trabalho foi dividido em dois bioensaios, o primeiro consistiu em avaliar compatibilidade in vitro dos inseticidas deltametrina e neem com o fungo M. anisopliae, e o segundo em verificar os efeitos causados pelo M. anisopliae, deltametrina e neem sobre o desenvolvimento e reprodução do predador P. sagitta. Os isolados ISO 01, ISO 02 e ISO 03 do fungo M. anisopliae foram obtidos a partir do produto comercial Metarril® WPE9 da linhagem WP E9. Para o primeiro bioensaio, discos de 5 mm de meio de cultura com micélio dos isolados foram crescidos em meio Ágar Sabouraud Dextrose (SDA) isento de inseticida 0,00 (controle) e contaminado por 16,67; 33,33 e 66,66 mg L-1 de deltametrina (25 g i.a.) ou 0,00; 0,75; 1,50 e 3,00% do óleo de neem (6000 ppm). No segundo bioensaio, ninfas de terceiro estádio com 24 horas de idade foram tratadas topicamente com 1,0 μL das suspenções de M. anisopliae nas concentrações de 107 e 108 conídios.mL-1, e das soluções dos inseticidas deltametrina (25 g i.a.) e neem (6000 ppm). Os adultos foram sexados, individualizados e acasalados após a maturação sexual. Os inseticidas deltametrina e neem não afetaram a produção de conídios do entomopatógeno. Deltametrina foi compatível com o fungo entomopatogênico em todas as doses avaliadas. A compatibilidade do neem com M. anisopliae foi dependente da concentração e do isolado, sendo a concentração comercial compatível com todos os isolados. O fungo M. anisoplie provocou melhorias na performance de desenvolvimento e reprodução do P. sagitta, sendo possível o uso em conjunto desses agentes para controle de pragas. A deltametrina não foi seletiva ao percevejo reduzindo o peso dos machos e o número de ovos por postura e por fêmea. O óleo de neem ocasionou a redução do número de ovos por fêmea do predador. A escolha de métodos compatíveis em ensaios in vitro, pode garantir maior sucesso da estratégia conjunta quando forem utilizados em situação de campo.
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    Aspectos biológicos de Podisus nigrispinus (Hemiptera: Pentatomidae) com a presa Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae) alimentada em genótipos de milho transgênicos
    (UFVJM, 2019) Souza, Michael Willian Rocha de; Costa, Márcia Regina da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Márcia Regina da; Soares, Marcus Alvarenga; Sá, Veríssimo Gibran Mendes de; Santos, Conceição Aparecida dos
    Uma importante preocupação em relação ao uso de plantas geneticamente modificadas (GMs) que expressam toxinas inseticidas do Bacillus thuringiensis (Bt), é o possível efeito prejudicial em organismos não alvos. O percevejo predador Podisus nigrispinus (Dallas) (Hemiptera: Pentatomidae) é utilizado como agente de controle biológico e pode ser exposto à toxinas Bt. Este estudo teve como objetivo analisar o movimento das diferentes proteínas Cry em P. nigrispinus predando lagartas de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae), alimentadas em genótipos de milho Bt, bem como o desenvolvimento, a capacidade predatória, reprodutiva e possíveis alterações nas células do intestino médio desse inimigo natural. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado com três tratamentos i) Isohíbrido (não Bt), ii) Herculex® (milho transgênico que codifica a proteína Cry1F) e iii) PowerCore® (milho transgênico piramidado que codifica as proteínas Cry1F, Cry1A.105 e Cry2Ab2), com 14 repetições cada. Lagartas de S. frugiperda com dez dias foram individualizadas e alimentadas ad libitum com folhas de milho transgênico Herculex®, PowerCore® ou Isohíbrido durante 48 horas. Fêmeas de P. nigrispinus com 72 horas de vida foram alimentadas, diariamente, por três dias com uma S. frugiperda após alimentação em milho Bt ou Isohíbrido. Posteriormente, P. nigrispinus foram crioanestesiados e dissecados sob estereomicroscópio para remoção do sistema digestório. A presença de proteínas Cry, ganho de biomassa, biomassa consumida (predação), período de oviposição, número de posturas, número de ovos, número de ovos por postura, número de ninfas, viabilidade dos ovos, período embrionário, longevidade das fêmeas e desenvolvimento ninfal foram avaliados. Os resultados mostram que diferentes proteínas Cry se movem através da cadeia alimentar de P. nigrispinus e fornecem evidências de que a ingestão de três diferentes proteínas não leva a efeitos sinérgicos inesperados. No entanto, as toxinas Cry promoveram alterações histológicas nas células do intestino médio de P. nigrispinus.